terça-feira, 11 de maio de 2010

A sua febre me traz calor
e quando está, estou tranquilo
seu desprezo me proporciona dor
tudo só passa se está comigo.

Sua primavera é o meu outono
já que nossas estações sao trocadas
talvez não saiba o quanto e como
mesmo ao seu lado, me sinto um nada.

Fico a espera de um "então",
um "concordo" ou uma proposta boa
e enquanto só me diz não
te entrego minhas palavras a toa.

Tento fazer um jardim
com todas as folhas que no passado caíram
mas ao chegar a primavera
vejo que novamente já sumiram.

Oscilo entre o que sei e o que vejo acontecer
os meus olhos são confusos pois tudo se torna dilema
minha mão amolece e eu pareço adoecer
e é sob estas condições que assino esse poema.




Geovana

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