quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A noite me engoliu e trancada em meu quarto mal vi a escuridao passar.
Alguns passarinhos começaram a cantar mais alto e eu nunca soube como seu canto era bonito.
Anunciavam o início da manhã e me diziam que o sol ja estava a nascer. Jogando seus raios dentre os prédios, fazendo sombras e pintando o meu céu.

Igual ao que uma vez pintei em um retrato. Um céu que eu assistia acordar.

E como no dia em que criei meus sonhos, e como no dia em que os vi voar, ouvi a canção do dia nascente e não controlei um sorriso.
(Como a surpresa sempre é bela ...)
Todos ainda dormiam. As janelas permaneciam fechadas, as portas trancadas e os olhos pregados provavelmente sonhando ilusões. Ninguém via o tempo passar e ninguém sentia o vento que levava as estrelas embora.
Mas eu estava ali, vendo tudo acontecer.
Cada vez que desfocava meus olhos de minha caneta e papel, meu céu ja estava um pouco mais claro. Como se o sol aos poucos, pedisse licença pra entrar.
Lhe dou licença a entrar.
Lhe abro a porta, se necesáario, e se quiser até lhe suplicoso para ter a certeza de que todas as minhas manhãs comecem felizes assim.