terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eu decidi te guardar pra mim, porque eu tenho medo que os outros te roubem um pouco.
Tenho medo que falem demais, que pensem demais, que achem demais e fujam da realidade.
Prefiro te deixar só aqui dentro, assim concordarei mais com você.
Talvez nos tornemos mais iguais ou talvez permaneçamos tão diferentes.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Escrevo pelo medo que tenho desse sentimento ir embora quando eu abrir meus olhos novamente.
Pois me conhecendo como conheço, sei que isso é bem possivel de ocorrer.
Quero poder lembrar como foi me sentir tão bem para quem sabe em um depois, poder me livrar
de alguma mágoa que me atormente.
Foi assim...
Eu estava voltando pra casa com uma sacola cheia nas mãos. E enquanto atravessava as ruas,
eu senti essa coisa. Senti como se eu tivesse indo para o caminho certo.
Não o caminho da minha casa, porque esse caminho eu sei fazer bem. Mas algo maior, como se eu estivesse guiando a mim mesma para o caminho correto.
De repente as coisas fizeram mais sentido e eu senti uma satisfação muito gostosa dentro de mim.
Como se agora, eu estivesse mais completa.
Como se diversos e alternativos nós, tivessem sido amarrados e já não me
restassem mais dúvidas gigantes. Uma esperanca de que os problemas seriam passageiros
e a maior vontade de não me importar com eles no momento, fingir que não existem e principalmente, não aumentá-los.
Como se essa busca ao meu passado e o retrocesso de alguns anos, tivesse
me proporcionado algo que eu jamais havia sentido o sabor antes. Um sabor muito doce e perfeito à minha boca.
(As roupas em minha sacola vibravam, entendendo e concordando com o que eu sentia.)
Tudo pareceu muito claro em minha cabeca e se eu tiver como controlar, vou expandir
esse sentimento para o resto de toda minha vida.
As coisas pequenas que sempre me machucaram, foram isoladas e permaneci somente com as que me fazem bem. Das minimas às grandes.
Desde declarações e confissões, até o céu bonito que hoje vi ou o sorriso que me entregaram de manhã ou até mesmo uma florzinha que vi desabroxar.
As cores me pareceram mais alegres e eu senti como se pela primeira vez, estivesse no local certo, e não perdida em um espaço de tempo errôneo.
Uma antiga busca pelo recíproco e por uma felicidade infindável, deixou de ser procura durante todo aquele instante e simplesmente estava ali,
batendo na minha porta,
me chamando para entrar
e me pedindo para sorrir.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ao que a inércia me conduz

Sigo vivendo o que algum lugar de minha cabeça diz que tenho de viver.
Sigo o caminho que est á na minha frente pois não quero pensar em quais muitos
outros eu poderia me perder.

E, ao que a inércia me conduz, te levo comigo em qualquer jornada.
Prefiro não pensar em nossos motivos porque talvez descubra que já estive errada.

Te levo na minha bolsa, no meu estojo, na mala de mão ou na mochila
te levo como papel, caneta, (drama ou não) , parte integrante da minha rotina.

O comodismo nos conduz a um caminho que muito me agrada
ando para fente, com poucos medos, porque já não anseio quase mais nada.

Minhas rimas me cansam.
São muito batidas
pouco mexidas
e talvez devesse as deixar para trás.
Mas assim então de que outro jeito
eu expressaria o bem que voce me faz?